segunda-feira, dezembro 18, 2006

Noturno

Não sei por que, sorri de repente

E um gosto de estrela me veio na boca...

Eu penso em ti, em Deus, nas voltas inumeráveis que fazem os caminhos...

Em Deus, em ti, de novo...

Tua ternura tão simples...

Eu queria, não sei por que, sair correndo descalço pela noite imensa

E o vento da madrugada me encontraria morto junto de um arroio,

Com os cabelos e a fronte mergulhados na água límpida...

Mergulhados na água límpida, cantante e fresca de um arroio!




[Mario Quintana; Aprendiz de Feiticeiro, 1950]



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8 comentários:

Unknown disse...

Maravilhoso.....quase pude sentir a frescura do arroio....
Beijo.

Elenita Rodrigues disse...

Que delícia este blog!!!
Feliz de ter vindo parar aqui...

Grande beijo.

Anônimo disse...

Está maravilhoso esse blog!
Sou fã de Quintana desde que era criança e aqui encontrei poemas divinos dele!
Além disso a edição do blog está primorosa!
Abraços!

Anônimo disse...

Muito bom este blog! Parabéns!

Anônimo disse...

nussa!! muito bom o blogger!
parabéns!

Anônimo disse...

nussa!! muito bom o blogger!
parabéns!

Anônimo disse...

Gostaria de paraenizar a criação de tão excelente blogger!

Anônimo disse...

Foto linda, lindo poema. Tudo lindo!