terça-feira, junho 07, 2005

Um poema como um gole d'água bebido no escuro.

Como um pobre animal palpitando ferido.

Como pequenina moeda de prata perdida para sempre na

[floresta noturna.

Um poema sem outra angústia que a sua misteriosa condição

[de poema.

Triste.

Solitário.

Único.

Ferido de mortal beleza.



[in: Melhores poemas. 10ª ed., São Paulo, Global, 1996]

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