Início de mais uma madrugada. Mario chega à pensão em que morava, na Barros Cassal, perto da Avenida Independência, e é mal recebido pelos cachorros. Reage aos latidos com todos os palavrões disponíveis. Na calçada, os pintores Waldeny Elias e Gastão Hofstaetter, que passaram a noite bebendo com ele e vieram deixá-lo em casa, assistem à cena.
Em meio à gritaria, abre-se a janela e surge a dona da pensão:
- Mas o que é isso, seu Mario! O senhor, um homem tão culto, dizendo essas barbaridades!
Ele se defende:
- É que a senhora não sabe os nomes que os seus cachorros estão me dizendo...
[Do livro Ora Bolas, O Humor Cotidiano de Mario Quintana - Artes e Ofícios]
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