terça-feira, maio 04, 2004

Um bom poema é aquele que nos dá a impressão
de que está lendo a gente ... e não a gente a ele!


Se alguém acha que estás escrevendo muito bem,
desconfia...
O crime perfeito não deixa vestígios.


O café é tão grave, tão exclusivista, tão definitivo
que não admite acompanhamento sólido. Mas eu o driblo,
saboreando, junto com ele, o cheiro das torradas-na-manteiga
que alguém pediu na mesa próxima.



Olho em redor do bar em que escrevo estas linhas. Aquele homem ali no balcão, caninha após caninha, nem desconfia que se acha conosco desde o início das eras. Pensa que está somente afogando problemas dele, João Silva... Ele está é bebendo a milenar inquietação do mundo!

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